Toda instituição arquivística,
responsável pelo acervo de guarda permanente, convive com a preocupação de
conservar e preservar o documento a fim de disponibilizar o acesso à informação
nele contida e manter a memória social contida nos materiais que se encontram
sob sua guarda. Esta engloba as atividades de conservação, armazenamento e
restauração dos documentos. Essas práticas são importantes para que as
informações se mantenham íntegras.
“Eu tenho um problema.
É o seguinte: quanto tempo duram
as coisas? Se eu deixar uma folha
de papel num quarto fechado ela
atinge a eternidade?”
(Clarice Lispector, Um sopro de vida –
pulsações, 1978)
CONSERVAÇÃO
Tem como principal objetivo estender
a vida útil dos documentos, mantendo-os o mais próximo possível do estado
físico de sua criação. Atua de maneira preventiva para proteger os documentos
de fatores ambientais, físicos e químicos, que possam destruir o documento de
valor permanente.
PRESERVAÇÃO
Abrange iniciativas
administrativas, políticas e sociais de proteção das possíveis deteriorações
que comprometem a integridade e existência dos documentos e informações neles
contidas.
RESTAURAÇÃO
Trata das medidas que visam a
estabilizar os danos através da recuperação dos documentos deteriorados, com a
finalidade de restituí-los.
DIFERENÇAS ENTRE
PRESERVAÇÃO, CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO
PRESERVAÇÃO
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CONSERVAÇÃO
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RESTAURAÇÃO
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OBJETIVO
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Impedir que o documento se degrade, o
objetivo é mantê-lo em seu estado original.
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Interromper o processo de
deterioração do documento, impedir o aumento de danos.
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Recuperar o documento degradado,
reaver seus estado físico e suas informações.
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ATUAÇÃO
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Procedimentos em estruturas físicas
do acervo, como nos edifícios, móveis e etc.
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Pequenas intervenções, controle do
ambiente, e do manuseio, acesso e etc.
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Intervenções diretas no documento
alterando sua estrutura.
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